As imagens contam histórias, uma imagem vale mil palavras, etc... etc... etc... tantas foram as metáforas que já se fizeram sobre a escrita e a fotografia. Sejam inimigas ou homozigóticas, há para todos os gostos. No entanto há alturas em que a associação da palavra à imagem não é fácil, ou pelo menos a transferência de ideias de uma para outra não é fácil. Ficamos nus. Aquilo que construímos mentalmente não se traduz em imagem e o que criámos não tem tradução em palavras. Então palavra e imagem ficam despidos, contemplando apenas o frio de um inverno chato e aborrecido.
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Lisbon, Portugal
A vida é feita de imprevistos e as grandes armas dos tempos modernos são a resiliência e a adaptabilidade. A primeira para continuar a ter motivação para perseguir um caminho escolhido, a segunda para responder instantaneamente às oportunidades que surgem.
[De notar que não estou a falar de nenhuma destas características em situações de crise como a vivida em Portugal atualmente, nestas alturas estas características estão mascaradas por outras mais dramáticas como o desespero de se encontrar entre a espada e a parede e numa situação de emergência como essa nunca se sabe como se vai reagir e normalmente a escolha é sempre errada porque é feito pelos motivos errados.]
E nestes meandros de saltimbanco das oportunidades há algo que se torna evidente: A nossa mala de viagem vai ficando cada vez mais leve. As nossas prioridades vão mudando de forma a que nos tornamos obsessivos pela redução ao essencial. Deixamos coisas em casa, para o conforto do sofá, mudamos de sapatos para uns world traveller, optamos por um computador mínimo que pode também servir para carregar o telemóvel via usb. Tudo para evitar carregar coisas inúteis e reduzir o que se transporta ao mais básico.
Prioridades. Aprendemos muito sobre nós próprios se tentarmos colocar a nossa vida numa mala com dimensões de cabine de avião. Tantas vezes achamos que precisamos de algo e no final chegamos à conclusão que temos demais. Tentem e vão ver que ainda sobra espaço.
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Lisbon, Portugal
Henri Cartier-Bresson fala da fotografia como um processo emotivo, muito mais importante que o aspeto documental que odeia (mas no/do qual sobre/vive). Refere-se à fotografia como a captura daqueles instantes onde a realidade se transforma no esboceto de geometrias e luz que a mente criou. Onde o fotografo pressiona o obturador e diz "Sim, clique, Sim, clique, sim"
Ele há tantas razões para ficar irritado com as livrarias em Portugal. Hoje de manhã corri 3 livrarias (Bulhosa, Bertrand e Barata) em busca de um guia de viagem sobre Marrakesh. Em nenhuma das livrarias o livro existia. Aliás em duas delas apenas existia um outro muito básico que não me interessava e na terceira nenhum guia de viagem sobre Marrakesh ou mesmo sobre Marrocos. Perguntei se iriam ter no futuro, "só se vier numa próxima entrega" "e virá?", "não sei".
Por isto é que a Amazon e a Book Depository são minhas amigas. As livrarias portuguesas preferem ficar cegas aos clientes.
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Lisbon, Portugal
Quantas vezes nos perguntamos "Qual o caminho?", mas tanto mais importante é perceber como percorrer O caminho que escolhermos. Tive estes pensamentos ao pensar na obra da Vivian Maier, talvez uma das primeiras "street photographers" que deixou mais de 100,000 negativos que fez ao longo da vida e que nunca mostrou a ninguém o seu trabalho. Toda a vida trabalhou como ama e sempre no limiar de uma vida modesta. O seu trabalho foi encontrado por acidente em 2007 num leilão de um depósito de armazém onde ela tinha guardado todo este seu alter fotográfico desconhecido. Que caminho escolheu Vivian Maier? E como o viveu? Uma fotógrafa impressionante, mas uma história de mil reflexões. Para onde corres?
Novembro em Lisboa é mês que se enche do cheiro a castanhas. Os fogareiros sempre a assar, com um fumegante fumo branco que enche as ruas de um aroma único. Ainda não comi castanhas este ano, mas esta vendedora foi apanhada num jogo de fumo e luz. Pena que a fotografia ainda não permita reproduzir cheiros.
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São João de Brito, Portugal
Sem dúvida que fotografar nesta altura do ano é como fazer batota. O Sol está tão baixo mesmo no pico do dia que as sombras aparecem por todos os lados. Gosto de jogar com relações improváveis na fotografia. Como nos filmes do Kusturica, gosto de ter coisas a acontecer em vários planos, muitas vezes relacionadas, outras não. E se é verdade que nem sempre se consegue o efeito quando se anda a captar instantâneos de rua, por vezes tem-se um pouco de sorte.
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São Jorge de Arroios, Portugal
Lêem-se as a tristes novas nas portadas das tabacarias que não há dinheiro para ler as novidades sempre tristes a que andamos sujeitos. De um lado as tristezas, do outra as revistas dos Jet 7. Fado e Futebol. Faltará Fátima para que o o país recue não 20 mas uns 60 anos. A ver vamos o que nos arranjam ou melhor, o que nos cozinham os poderosos.
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Nossa Senhora de Fátima, Portugal
G
O editor do Blogger é uma me**a, verdadeiramente uma me**a. Mas voltando à fotografia. Tenho andado a fotografar nas ruas de Lisboa (talvez antecipando o meu regresso a Milton Keynes onde nada se passa) com diversas lentes e cada vez mais me convenço que as minhas melhores fotos são aquelas em que tudo é colocado em manual e nem light meter tenho. Nada havendo, nada em modo automático, o nível de exigência em termos de concentração é elevado, no final também a quantidade de fotos que se guardam é superior. Parece um contrassenso mas é verdade. A única coisa que desejava neste momento era uma máquina com um obturador silencioso, mas para já isso parece pedir muito, pelo que se calhar vou continuar a investir na minha coleção de lentes 50mm... hm... onde será que há uma 50mm série E?
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Campo Grande, Portugal
Que pensas tu sobre este país? Sobre o teu dia a dia, o teu trabalho, os teus filhos? Que pensas? Se te deixam ainda tempo para pensar.
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Lisbon, Portugal
Alguns dos jardins de Lisboa mais parecem uma paisagem de bric-à-brac, tal a quantidade que "monumentos" que atulham o espaço público. Vale tudo, desde que não seja o vazio. E não, O PARQUIMETRO NÃO É PARA QUEM SE SENTAR NO BANCO DE JARDIM.
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Lisbon, Portugal
Feita com uma 85mm num sensor APS-C, isto sendo equivalente a uma 130mm, um pouco longa para a utilizar em street photography, mas... uma pessoa agarra-se ao que tem à mão.
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Lisbon, Portugal
Há fotos que contam histórias e histórias que contam como as fotos são feitas. Esta foi de uma tarde pass(E)ada por Lisboa em que as dúvidas andaram entre uma lente normal ou uma short tele. E no final a 85mm triunfou porque, porque, porque é como aquela distância de segurança que se utiliza para dançar. Há alturas em que a captura de momentos fugazes se faz com proximidade e outros com distância. Aqui neste fim de dia em que se fazem as contas da loja para se ir para casa a distância extra foi fundamental.
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Lisbon, Portugal
Eu podia escrever uma história sobre isto, mas não me apetece. Portugal está uma merda. Para onde quer que se olhe vê-se um país de neuróticos ou de desesperados. ESTAMOS COM A MERDA ATÉ ÀS NARINAS (e a subir) e todos estão mais preocupados a em discutir o FRANGO do Patrício. Fodam-se todos. VAMOS ESTOURAR, só não sabemos a data certa.
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Lisbon, Portugal
Drunk call...
You don't get arrested to drink in public like in some cof cof advanced countries, but the truth is that the world sometimes just takes a jab at you and you see these things a little everywhere or as Bukowsky put it:
"When you drank the world was still out there, but for the moment it didn’t have you by the throat."
-- Charles Bukowski, Factotum
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Lisbon, Portugal
Curved Walking in Lisbon by November
Portuguese seem to always walk looking to the ground, like they are ashamed by something in their condition. Might be the economic crisis striking Portugal or some historical trait (or even the necessity to avoid stepping on some dogs crap that Portuguese dog owners don't clean) but the truth is that in many photos you always see this looking down. Absent from what ever goes on in the surroundings.
Location:
Lisbon, Portugal
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