Onde fica?

A vida é feita de imprevistos e as grandes armas dos tempos modernos são a resiliência e a adaptabilidade. A primeira para continuar a ter motivação para perseguir um caminho escolhido, a segunda para responder instantaneamente às oportunidades que surgem.

[De notar que não estou a falar de nenhuma destas características em situações de crise como a vivida em Portugal atualmente, nestas alturas estas características estão mascaradas por outras mais dramáticas como o desespero de se encontrar entre a espada e a parede e numa situação de emergência como essa nunca se sabe como se vai reagir e normalmente a escolha é sempre errada porque é feito pelos motivos errados.]

E nestes meandros de saltimbanco das oportunidades há algo que se torna evidente: A nossa mala de viagem vai ficando cada vez mais leve. As nossas prioridades vão mudando de forma a que nos tornamos obsessivos pela redução ao essencial. Deixamos coisas em casa, para o conforto do sofá, mudamos de sapatos para uns world traveller, optamos por um computador mínimo que pode também servir para carregar o telemóvel via usb. Tudo para evitar carregar coisas inúteis e reduzir o que se transporta ao mais básico.

Prioridades. Aprendemos muito sobre nós próprios se tentarmos colocar a nossa vida numa mala com dimensões de cabine de avião. Tantas vezes achamos que precisamos de algo e no final chegamos à conclusão que temos demais. Tentem e vão ver que ainda sobra espaço.
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