Há uma forma portuguesa de fazer as coisas que não se encontra em mais lado nenhum. Chega-se a um sítio, para-se uma carrinha, descarrega-se pessoal e material e colocam-se uma fitas para impedir a passagem para se começar a trabalhar. Está feito. Não se arranjam alternativas que não coloquem em risco as pessoas, não se colocam sinais de aviso, apenas se faz. Não é improviso, nem desleixo nem talvez preguiça. Seja então da natureza social portuguesa, ou dito de outra forma da educação para a cidadania. Algo que devia passar por mais que retórica de escola secundária e transbordar para o fazer do dia a dia.
Este ciclista levava na sua bicicleta três ou quatro cães, presumo que uma família. Na engenhoca presa ao guiador seguiam dois adultos e na caixa à retaguarda seguia um cachorro com poucos meses de vida. A bicicleta parecia estar apetrechada para fazer um qualquer número de rua com os cães e quando passou por mim mal tive tempo de levar a máquina ao olho e disparar. Tinha algum receio com o facto de estar em contra luz e a lente da Canon A35F não ser muito resistente a flares. No final o resultado foi muito agradável. Para além disso esta máquina, juntamente com a Digital Ricoh GR, tornou-se a minha máquina de filme para andar nas ruas. O filme foi o Kodak BW400CN que pode ser revelado pelo processo C-41 dos negativos normais. Um processo mais expedito e que evita esperas (o que nem sempre é mau).
Subscribe to:
Posts (Atom)